Fotos da palesta sobre diabetes realizada no dia 16 de abril (Part 1)


















Fotos da palesta sobre diabetes realizada no dia 16 de abril (Part 2)




















Glossário

Procuramos relacionar nesta página as palavras e termos técnicos que o público leigo geralmente não conhece o significado. Se a definição que você procura não está aqui, escreva para nós e dê a sua sugestão para o glossário.
Esta área se destina exclusivamente ao recebimento de sugestões para inserção de novos termos ao dicionário. Outras solicitações serão desconsideradas.

A

Alto risco - Presença de várias características indicativas de alta probabilidade de desenvolvimento de uma complicação específica.

Amputação - Ressecção de uma parte terminal de um membro.

Amputação primária - O primeiro procedimento de amputação em uma seqüência até o resultado final (cicatrização ou óbito)

Amputação bilateral - Amputação simultânea de ambas as extremidades inferiores, independentemente do nível da amputação.

Amputação da segunda perna - Amputação de nível maior (major) em paciente que já tenha sido submetido a uma amputação prévia da perna contra-lateral.

Amputação em nível menor (minor) - Desarticulação do médio tarso ou abaixo dele.

Amputação em nível maior (major) - Toda amputação acima do nível do médio tarso.

Angioplastia - Restabelecimento de um lúmen arterial através da técnica ou instrumentação percutânea transluminal.

Autoimunidade - uma condição em que o sistema imunológico do próprio organismo ataca as células. Esta é a base da diabetes tipo 1, em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas e não há mais produção de insulina.*

B

Bolus de Insulina - insulina de ação rápida injetada antes das refeições para baixar os níveis glicêmicos. Este procedimento tenta imitar a liberação natural da insulina após a refeição, que interrompe a elevação da glicose no sangue. O termo também é usado para descrever a dose de insulina que é bombeada antes da refeição, por bomba de insulina.*

Baixo risco - Ausência ou presença de algumas das características indicativas de alta probabilidade de desenvolvimento de uma complicação específica.

C

Calçados terapêuticos - Calçados confeccionados para o alívio do estresse biomecânico sobre úlcera e que pode acomodar curativos, faixas.

Calçados protetores - Calçados confeccionados especialmente para prevenir ulcerações.

Calo - Formação hiperqueratótica devido ao excessivo estresse mecânico.

Calorias - unidades que representam a quantidade de energia fornecida pelos alimentos. Carboidrato, proteína e lipídios (gordura) são as principais fontes de calorias da dieta, mas o álcool também contém calorias. Se todas as calorias consumidas não forem usadas como energia, serão armazenadas em forma de gordura.*

Carboidratos - uma das três principais fontes de calorias da dieta. Os carboidratos são provenientes primeiramente do açúcar (carboidrato simples) e do amido (carboidrato complexo, encontrado nos pães, massas e feijões). O carboidrato se transforma em glicose durante a digestão e é o principal nutriente que eleva os níveis glicêmicos.*

Células Beta - as células que produzem insulina. Encontram-se nas ilhotas de Langerhans do pâncreas.*

Celulite - Presença de edema, eritema e calor. Indica uma reação inflamatória, independente da causa.

Cetoacitose ou Coma Diabético - uma condição grave causada por falta de insulina ou pela elevação dos hormônios do estresse. É marcada por altos níveis glicêmicos e pela presença de cetonas na urina, ocorrendo quase exclusivamente nos que têm diabetes tipo 1.*

Cetonas - ácidos produzidos quando o organismo transforma a gordura em energia. O que ocorre quando não há insulina suficiente para que a glicose entre nas células, abastecendo-as, ou quando há excesso de hormônios do estresse.*

Cicatrização - Pele intacta, epitelização funcional.

Claudicação - Dor em um pé, coxa ou panturrilha agravada durante o caminhar e aliviada em repouso, associada a evidências de doença vascular periférica.

Colesterol - uma substância gordurosa usada pelo organismo para construir as paredes das células e produzir vitaminas e hormônios. O fígado produz colesterol suficiente, mas nós ingerimos mais ao comermos produtos de origem animal. Ingerir alimentos com colesterol em excesso e gorduras saturadas faz com que o colesterol se eleve no sangue e se acumule nas paredes dos vasos sangüíneos. Um fator de risco para enfarto e derrame.*

Contagem de Carboidratos - É uma estratégia para o controle da glicemia, pela qual se calculam os gramas de carboidratos ingeridos nas refeições ou lanches, enfatizando a relação entre alimento, atividade física, nível de glicemia e medicação. Este método é utilizado desde 1935 na Europa e foi uma das estratégias utilizadas no estudo de 10 anos, realizado com pessoas portadoras de diabetes, conhecido como DCCT.*

Creatinina - A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina (creatina fosforilada) no músculo, e é geralmente produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo — taxa diretamente proporcional à massa muscular da pessoa: quanto maior a massa, maior a taxa. Através da medida da creatinina do sangue, do volume urinário das 24 horas e da creatinina urinária é possível calcular a taxa de filtração glomerular, que é um parâmetro utilizado para avaliar a função renal.

D

DCCT - o Diabetes Control and Complications Trial (Estudo do Controle e Complicações do Diabetes) foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Mais de 1.400 pessoas com diabetes tipo 1 foram divididas em dois grupos: aqueles que almejavam níveis glicêmicos próximos aos normais e os que tinham metas padronizadas. O estudo demonstrou que o controle glicêmico rígido reduz o risco de desenvolvimento das complicações diabéticas.*

Debridamento - Remoção do tecido desvitalizado.

Deformidade do pé - Anormalides estruturais no pé, tais como: presença de dedos em martelo, dedos em garras, hálux valgo, proeminências de cabeças de metatarsos,condições subseqüentes à neuro-osteoartropatia, amputações, ou após outras cirurgias do pé.

Descarga do peso - Retirada da carga do peso de uma determinada área do pé, mediante o uso estrito de muletas, cadeiras de rodas ou outros instrumentos ortóticos.

Diabetes - uma doença em que o organismo não produz insulina ou não consegue utilizá-la adequadamente. Caracteriza-se pelos altos níveis de glicose no sangue.*

Diabetes Gestacional - o diabetes que se desenvolve durante a gravidez. A glicemia materna se eleva em resposta aos hormônios liberados durante a gestação e a mãe não consegue produzir insulina suficiente para dar conta dos altos níveis de glicose que circulam no sangue. Embora o diabetes gestacional geralmente desapareça após a gravidez, aproximadamente 60% das mulheres que a tiveram acabam desenvolvendo o diabetes tipo 2.*

DM 1 - Uma forma de diabetes que tende a se desenvolver antes dos 30 anos. Geralmente é causada pelo ataque do sistema imunológico às células beta do pâncreas e este fica impossibilitado de produzir insulina. Estes diabéticos precisam tomar insulina para sobreviver.*

DM 2 - Esta forma de diabetes costuma ocorrer em pessoas com mais de 40 anos, mas pode se desenvolver nos mais jovens, especialmente nas minorias. Quase todas as pessoas que desenvolvem o diabetes tipo 2 são insulinorresistentes e a maioria tem problemas com a secreção da insulina. Alguns simplesmente não conseguem produzir insulina suficiente para satisfazer o organismo e outros têm uma combinação destes problemas. Muitos a doença com dieta e exercício, mas alguns precisam também tomar remédios ou insulina.*

Doença Vascular Periférica (DVP) - Presença de sinais clínicos, tais como a ausência de pulsação nos pés, histórico de claudicação intermitente, dor em repouso e/ou anormalidades na avaliação vascular não invasiva, indicando circulação alterada ou danificada.

Dor em repouso - Dor intensa e persistente localizada no pé e freqüentemente aliviada na dependência.

E

Endocrinologia - o estudo dos hormônios em funcionamento no organismo. Como a insulina é um hormônio, o diabetes é uma doença do sistema endócrino. Muitos "médicos de diabetes" são endocrinologistas.*

Edema - Inchaço do pé suficientemente acentuado para deixar a marca da pressão efetuada por um dedo.

Equipe de Apoio - o grupo de profissionais de saúde que auxilia os pacientes na administração do diabetes. Esta equipe deve ser formada por médico, nutricionista, oftalmologista, professor de educação física, dentista, dermatologista e podiatra.*

Eritema - Vermelhidão

Exames ou Testes de Urina - exames que mensuram as substâncias na urina. Os exames de urina para níveis glicêmicos não fornecem informações a tempo, o que é tão importante para o controle da glicemia. Os exames de urina para cetonas, também chamados de cetonúrias, são muito úteis para monitorizar o controle do diabetes e importantes para prevenir a cetoacidose.*

G

Gestante Diabética - é quando a mulher que já tem diabetes está grávida. É muito importante conversar com o médico antes de engravidar, pois a mulher precisará de alguns cuidados especiais.*

Glicemia - A glicemia é a taxa de glicose (açúcar) no sangue. Ela varia em função da nossa alimentação e nossa atividade. Uma pessoa em situação de equilíbrio glicêmico (ou homeostase) possui uma glicemia que varia, em geral, de 0,80 a 1,1g/L. Uma taxa de glicose superior a 1,26g/L indica um risco de diabete de 50%.*

Glico-Hemoglobina ou Hemoglobina Glicolisada (HbAlc) - descreve o acoplamento da glicose aos glóbulos vermelhos. Quando a glicemia está alta, a porcentagem de glicose acoplada aos glóbulos vermelhos aumenta. Este exame de sangue avalia o controle médio da glicemia nos últimos três ou quatro meses. Este tipo de exame mensura a hemoglobina Alc (HbAlc).*

Glicose - forma simples de açúcar que serve como combustível para o organismo. Ela é produzida com a "quebra" dos alimentos no sistema digestivo. O sangue carrega a glicose para as células. A quantidade de glicose no sangue é conhecida como nível glicêmico ou glicemia.

Glicosímetro (Medidor de Glicemia) - um instrumento manual que testa o nível de glicose no sangue. Coloca-se uma gota de sangue (obtida através de uma picada no dedo) em uma pequena fita reagente, que é inserida no medidor. Este, por sua vez, calcula e mostra o nível glicêmico.*

Glucagon - hormônio produzido pelo pâncreas que eleva os níveis glicêmicos. Reações insulínicas graves são tratadas com um preparado injetável, adquirido sob receita médica.*

Gangrena - Necrose contínua da pele e das estruturas subjacentes, músculos, tendões, articulações ou ossos, indicando danos irreversíveis nos quais a cicatrização não pode ser obtida sem a perda de alguma parte da extremidade.

Gorduras - as fontes mais concentradas de calorias da dieta. A gordura saturada encontra-se principalmente nos produtos de origem animal. As gorduras insaturadas originam-se basicamente dos vegetais e podem ser monoinsaturadas (óleo de oliva e de canola) ou poliinsaturadas (óleo de milho). A ingestão excessiva de gordura, especialmente saturada, pode causar elevação do colesterol no sangue, aumentando o risco de doenças cardíacas e de derrame. *

H

Hiperglicemia - uma condição em que os níveis glicêmicos elevam-se demais (geralmente 140 mg/dl ou acima). Os sintomas incluem micção freqüente, mais sede e perda de peso.*

Hipoglicemia (Reação Insulínica) - uma condição em que os níveis glicêmicos baixam demais (geralmente abaixo de 70 mg/dl). Os sintomas incluem mau humor, entorpecimento dos braços e mãos, confusão e tremor ou tontura. Se não for tratada, pode piorar e levar à inconsciência.*

Hipoglicemiantes Orais ou Medicamentos Antidiabéticos Orais - medicamentos tomados oralmente para baixar os níveis glicêmicos. São usados por algumas pessoas portadoras de diabetes tipo 2 e não devem ser confundidos com insulina.*

I

Índice Glicêmico - É um fator que diferencia os carboidratos. Podemos classificá-los de acordo com a velocidade com que eles entram no sangue. Quanto mais rápido, maior será a descarga de insulina, pois o corpo tenta manter o equilíbrio. Veja mais.*

Imunossupressão - é a repressão ao sistema imunológico. Pessoas que recebem transplantes de rins ou pâncreas tomam drogas imunossupressoras para que o sistema imunológico não ataque o novo órgão.*

Insulina - um hormônio produzido pelo pâncreas que auxilia o organismo a utilizar a glicose. É a "chave" que "abre as portas" das células permitindo a entrada da glicose, que, por sua vez, alimenta as células.*

Insulina Basal - insulina intermediária, ou de ação longa, que é absorvida lentamente e empresta ao organismo um nível baixo e estável de insulina, que imita a liberação insulínica de fundo estável natural do organismo. Termo usado também para descrever a liberação de fundo estável da insulina de ação rápida feita por uma bomba.*

Intolerância à Glicose - condição diagnosticada quando um exame demonstra que o nível glicêmico da pessoa fica entre o normal e o diabetes. Não é considerada uma forma de diabetes, mas as pessoas com esta condição sofrem risco maior de desenvolver a doença.*

Infecção - Invasão e multiplicação de microorganismos nos tecidos corporais, que podem ser clinicamente inaparentes ou resultantes de dano celular local devido ao metabolismo competitivo, toxinas, replicação intracelular, ou resposta imune.

Infecção superficial - Infecção da pele não extensiva ao músculo, tendão, osso ou articulação.

Infecção profunda - Evidência de abscessos, artrite séptica, osteomielite ou tendossinovite séptica.

Isquemia - Sinais de circulação danificada por meio de exames clínicos e/ou testes vasculares.

Isquemia crítica do membro - Dor isquêmica persistente em repouso exigindo analgesia regular por mais de duas semanas e/ou ulceração ou gangrena do pé ou dos pododáctilos, ambas associadas a uma pressão sistólica do tornozelo < 50 mmHg ou pressão sistólica do dedo < 30 mmHg.

M

Metabolismo - termo usado para descrever a captação e utilização da energia para o sustento da vida. O diabetes é uma doença metabólica porque afeta a capacidade do organismo de captar a glicose dos alimentos que será utilizada pelas células.*

mg/dl - miligramas por decilitro. Esta é a unidade de medida usada em referência aos níveis glicêmicos.*

N

Nefropatia - rim danificado. Esta condição oferece risco de vida. Quando os rins deixam de funcionar, tornam-se necessários a diálise (filtragem do sangue através de uma máquina) ou um transplante.*

Neuropatia - nervos danificados. A forma mais comum de neuropatia é a periférica, que afeta os nervos externos ao cérebro e à coluna vertebral. A neuropatia periférica danifica os nervos motores (que afetam os movimentos voluntários, como caminhar), os nervos sensoriais (que afetam o tato e as sensações) e os nervos autônomos (que afetam funções orgânicas, como a digestão).*

Neuro-osteoartropatia (Pé de Charcot) - Destruição não infecciosa do osso e da articulação. associada à neuropatia Necrose - Tecido desvitalizado, úmido ou seco, independente do tecido envolvido.

Neuroisquemia - Combinação de neuropatia diabética com isquemia. Nível de amputação - Desarticulação do dedo, amputação do raio, amputação transmetatarsiana, desarticulação tarso-metatarsiana, desarticulação do médio tarso, desarticulação do tornozelo, amputação transtibial (abaixo do joelho), desarticulação do joelho (através do joelho), amputação transfemural (acima do joelho) e desarticulação do quadril. Nova amputação - Amputação de uma extremidade com uma amputação prévia cicatrizada.

O

Obesidade - quantidade anormal e excessiva de gordura física. A maioria das pessoas obesas tem seu peso significativamente acima do normal. Entretanto, a obesidade também ocorre em pessoas que não estão acima do peso, mas que têm mais gordura do que músculos. A obesidade é considerada uma doença crônica. Está em alta e é um fator de risco para as pessoas com diabetes tipo 2.*

Osteíte - Infecção do osso sem o envolvimento da medula óssea. Osteolmielite - Infecção do osso com o envolvimento da medula óssea.

Órtose - Um instrumento ou aplicativo que controla, corrige ou acomoda uma anormalidade estrutural ou funcional.

P

Pâncreas - uma glândula em forma de vírgula localizada logo atrás do estômago. Produz enzimas que digerem os alimentos e hormônios que regulam o uso do combustível no organismo, inclusive a insulina e o glucagon. Num pâncreas em pleno funcionamento, a insulina é liberada através de células especiais localizadas em agrupamentos denominados ilhotas de Langerhans.*

Palmilhas - A camada macia da parte interna e inferior de um sapato; geralmente, é removível.

- A estrutura do tornozelo ou abaixo dele.

Pé Diabético - uma das complicações do diabetes é a neuropatia, cuja forma mais comum afeta os nervos periféricos, principalmente dos pés e pernas, prejudicando as sensações de dor, frio e vibração. É importante esclarecer que nem todas as pessoas com diabetes terão neuropatia e que os mal controlados têm mais chance de desenvolvê-la.*

Primeira Amputação - A primeira amputação primária em um indivíduo, em um determinado período, independentemente do lado e do nível da amputação.

Proteína - uma das três principais fontes de calorias na dieta. A proteína fornece material ao organismo para a construção das células sangüíneas, dos tecidos, hormônios, músculos e outras substâncias importantes. Encontra-se nas carnes, ovos, laticínios e em certos vegetais e cereais.*

R

Recomendações da SBD - normas da Sociedade para o tratamento do diabetes.*

Resistência à Insulina - uma condição em que o organismo não responde à insulina adequadamente. É a causa mais comum da diabetes tipo 2.*

Retinopatia - dano às pequenas veias do olho que pode levar a problemas de visão. Na retinopatia os vasos sangüíneos aumentam e vazam líquido na retina, podendo causar visão embaçada. A retinopatia proliferativa é mais grave e pode causar perda da visão. Neste caso, novos vasos se formam na retina e ramificam-se para outras regiões do olho, o que pode causar vazamento de sangue no líquido dentro do olho, como também descolamento da retina.*

Reamputação - Amputação de uma extremidade com uma amputação prévia não cicatrizada.

T

Tratamento Intensivo do Diabetes - um modo de tratar a pessoa com diabetes que tem por objetivo atingir níveis glicêmicos próximos aos normais. A abordagem envolve o uso de todos os recursos disponíveis: injeções múltiplas de insulina diariamente, monitoração freqüente da glicemia, exercício físico e dieta.*

U

UKPDS - United Kingdom Prospective Diabetes Study (Estudo das Perspectivas para o Diabetes do Reino Unido). Um estudo de 20 anos com mais de cinco mil portadores de diabetes tipo 2 demonstrou que os que seguiram um controle intensivo do diabetes conseguiram ter menos complicações.*

Úlcera superficial - Lesão espessada da pele não se estendendo além do subcutâneo.

Úlcera profunda - Lesão espessada da pele estendendo-se além do subcutâneo, que pode envolver músculo, tendão osso e articulação.

Fonte Consultada: Guia Completo sobre Diabetes da American Diabetes Association, Bruce R. Zimmerman e Elizabeth A. Walker, 608 páginas, Ed. Anima.

Pesquisas em Andamento

Este espaço destina-se ao registro das principais linhas de pesquisa em andamento no país. Aqui serão divulgadas as linhas de pesquisa em diabetes das instituições e serviços. Caso você deseje divulgá-la, por favor entre em contato com a redação através do info@diabetes.org.br

Grandes progressos foram feitos nos últimos anos a respeito da fisiopatologia e de novas drogas, visando o controle do diabetes. No entanto, as terapias atuais, incluindo o uso de insulina, são todas paliativas e não levam em conta a lesão básica da doença, que é o dano nas células beta do pâncreas. Assim sendo, o ponto fundamental da cura deve ser a substituição da função das células produtoras de insulina.

Atualmente existem cinco linhas de pesquisa que visam a cura do diabetes:

1. O transplante pancreático

Esta a abordagem mais próxima para a cura do diabetes. Em termos práticos, consiste em um transplante duplo de rim-pâncreas e realizado, principalmente, em pessoas com diabetes em estágio avançado da doença renal. O transplante combinado reduz a rejeição imunológica, quando comparado com o transplante único do pâncreas. Nos últimos anos houve uma melhora acentuada nas drogas que combatem a rejeição e a sobrevivência aumentou bastante. Os agentes imunossupressores modernos são menos tóxicos e direcionados mais especificamente para os linfócitos.

Os mais utilizados são: o mycophenilato, que age sobre uma enzima crtica na proliferação dos linfócitos T e B. Outros agentes imunossupressores são o sirolimus, que inibe a interleucina IL-2, e o tacrolimus, que bloqueia a calcineurina. Além disso, estão sendo utilizados anticorpos monoclonais contra o receptor da IL-2.

Nos últimos dois anos, graças as estes agentes, a sobrevivência dos transplantes atingiu 90% dentro de 1 ano. O grande problema ainda são os doadores. Os transplantes duplos são atualmente realizados em pessoas com lesões muito graves e que regridem muito pouco após a cirurgia. O ideal seria que os transplantes fossem realizadas em estágios mais precoces da doença.

2. Transplantes de ilhotas

Segundo alguns autores, esta a técnica mais promissora para a cura do diabetes. Muitos trabalhos têm sido feitos na área, visando a sua utilização em um grande número de pessoas com diabetes. As técnicas atuais isolam e encapsulam as ilhotas produtoras. O recipiente poroso deve permitir a passagem da glicose para dentro da cápsula, estimulando a liberação da insulina para fora. Além disso, a membrana da cápsula deveria bloquear a passagem dos anticorpos, evitando a rejeição.

Uma abordagem alternativa que tem sido utilizada é fazer transplantes de ilhotas e usar os imunossupressores. Existem alguns protocolos em andamento - cujo resultado foi publicado na coluna Diabetes Hoje - com alguns relatos do grupo da cidade canadense de Edmonton. Os melhores resultados são obtidos quando as ilhotas são isoladas e um grande número delas transferidas rapidamente. São usados imunossupressores de baixa toxicidade. São necessários dois doadores para cada paciente. Metade dos pacientes necessita de um segundo transplante e alguns, de um terceiro. Assim são necessários quatro doadores por paciente.

Nos Estados Unidos existem cerca de 5000 doadores de pâncreas por ano e somente 2500 podem ser usados para isolamento de ilhotas. Assim sendo, o número de possíveis transplantados cai para 700 pessoas por ano.

Um esforço para aumentar o número de células disponíveis a aumentar a neoformação de células beta. No passado, acreditava-se que as células beta não se replicavam. Hoje sabe-se que elas se renovam na velocidade de 2% ao mês e se estudam mecanismos que possam aumentar esta velocidade.

Outro caminho é o uso de células-tronco fetais ou de cordão umbilical, que possam ser modificadas, cultivadas in vitro e reimplantadas. Pensa-se, ainda, em cultivar células-tronco do próprio pncreas. Aqui neste site já foram divulgados vários estudos neste sentido e essas abordagens podem aumentar em muito os possíveis beneficiários. Em breve, outras técnicas, inicialmente mencionadas, serão relatadas.

3. Engenharia genética

A terceira abordagem em busca da cura do diabetes tem sido a aplicação de técnicas de engenharia genética. Isso envolve a transformação de outras células do corpo em células produtoras de insulina, por meio de técnicas de implantação de um gene relacionado com a produção de insulina. Uma das linhagens utilizadas é a de células de tumores hipofisários, para os quais foi transferido um gene promotor de insulina. Estas técnicas exigem que a "nova" linhagem celular seja capaz de produzir insulina quando estimuladas por glicose e que no produzam nenhum outro hormônio da hipófise, como por exemplo o ACTH que totalmente é indesejável no diabetes.

Outras células tem sido utilizadas como a de tumores pancreáticos. Estas são capazes de reconhecer o estímulo glicêmico, mas não produzem a insulina como deviam fazer. Um dos genes estudados é o Glut 2, que atua no metabolismo intermediário da glicose.

Um trabalho interessante foi publicado, recentemente, na revista Nature por pesquisadores coreanos, que combinaram conhecimentos de engenharia genética e terapia gênica. A experiência, realizada em ratos, foi desenvolver um gene que produz uma molécula simplificada de insulina (uma única cadeia, quando usualmente são duas) e que é responsivo ao estímulo glicêmico. O gene foi, então, introduzido em células hepáticas de ratos glicêmicos, que ficaram curados por muito tempo.

4. Pâncreas virtual

Esta é uma técnica proposta por biotecnologistas. Envolve o desenvolvimento de um pâncreas artificial, que deve ter a capacidade de liberar insulina mediante o estímulo glicêmico. Este aparelho deve ser capaz de reconhecer os nveis glicêmicos, as suas variações e a velocidade com que a glicemia aumenta ou diminui no organismo. Não é uma tarefa fácil, mesmo para os mais competentes bioengenheiros. Recentes desenvolvimentos de biosensores para glicemia podem representar uma esperança no desenvolvimento desta linha de trabalho.

5. Neogênese de ilhotas

Uma linha de trabalho que está sendo desenvolvida no Instituto de Diabetes de Norfolk, Virgínia (USA), o desenvolvimento de substâncias que possam estimular a formação de ilhotas a partir de células-tronco existentes no pâncreas adulto. Existe uma família de proteínas, chamadas lectinas do tipo C, que são associadas com o início da formação de ilhotas.

Desta família fazem parte as Reg proteínas. Em ratos pancreatectomizados tem sido mostrado um aumento da expressão destas proteínas, mas o efeito é considerado fraco.

Outra proteína da família da lectina, recentemente descrita, tem sido a INGAP (Inslet Neogenesis Associated Protein), que também induz a neogênese de ilhotas. Estas abordagens podem eliminar a necessidade de imunoterapia, desde que são as próprias células das pessoas são induzidas a produzir novas ilhotas. Mais do que isto, estas células contêm, também, glucagon, o que evita as hipoglicemias e podem ser utilizadas também no tratamento do diabetes tipo 2, quando houver falência pancreática.

Conclusão

Muitas linhas de pesquisa estão ocorrendo simultaneamente, visando a cura do diabetes, no entanto como foi descrito nos resumos acima, nenhuma técnica satisfatória no momento.

É possível que nos próximos 5 a 10 anos possamos ter pelo menos uma escolha para aumentar a produção de insulina, de uma maneira tal que os níveis de glicemia sejam bem regulados e sem a necessidade de imunossupressão ou os riscos de hipoglicemia.

*Consultoria: Reginaldo Albuquerque, membro do Conselho Científico do site da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Fonte: www.medscape.com

Leis em Vigor

Lei Federal nº 11.347, de 27/09/2006 - Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos.

Lei Distrital 640, de 10/01/94 - Dispõe sobre a distribuição de medicamentos e tiras reagentes no Distrito Federal.

Lei Estadual nº 10782, de 09/03/2001- Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, no Estado de São Paulo.

Lei Estadual n° 4119, de 1º/07/2003 - Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários a sua aplicação e à monitorização da glicemia capilar aos portadores de diabetes. Para receber o benefício, o paciente deve estar inscrito no cadastro para diabéticos em unidade de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Lei Estadual nº 3885, de 26/06/2002 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, no Rio de Janeiro, e dá outras providências.

Lei Estadual nº 3436, de 03/07/2000 - Dispõe sobre a criação de campanhas permanentes de prevenção, controle à diabetes pelo poder executivo em todo Estado do Rio de Janeiro.

Lei Estadual n 1751, de 26/11/1990 - Dispe sobre a obrigatoriedade de poder pblico instituir, como direito do cidado, uma poltica de sade preventiva do diabetes no Rio de Janeiro.

Lei Estadual nº 14533, de 28/12/2002 - Institui política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença no Estado de Minas Gerais.

Lei Estadual nº 12565, de 26/04/2004 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, e dá outras providências, no Estado de Pernambuco.

Portaria nº 74, de 27/12/2002 - A Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul aprovou a concessão de insumos adicionais necessários à monitorização domiciliar da glicemia capilar aos usuários do Sistema Único de Saúde, que estejam sendo atendidos pelos serviços públicos e/ou conveniados, dentro da área de abrangência de cada coordenadoria de saúde. Fica estabelecido, então, que serão fornecidos glicosímetros e 100 fitas reagentes, mensalmente, para indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 em tratamento intensivo com insulina.

Lei Municipal nº 2661, de 30/09/2002 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do município de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.

Decreto Municipal nº 43.237, de 22/05/2003 - Regulamenta a Lei n° 13.285, de 09-01-2002, que cria o Programa de Prevenção ao Diabetes e à Anemia Infantil na Rede Municipal de Ensino, e dá outras providências.

Colaboração: Advogados Adriana Daidone, Ione Taiar Fucs (ADJJur); Marco Menezes (ARAD); Ana Leopoldina Silva (ADIFI); Dra. Hermelinda Pedrosa; Dra. Geísa Macedo

Dicas para Fazer uma Alimentação Saudável

Melhore seus hábitos alimentares adotando estas dicas no seu dia-a-dia e mantenha uma vida saudável e boa qualidade de vida.

* Coma quatro ou cinco vezes por dia: Fazendo quatro ou cinco refeições leves e equilibradas você leva o organismo a utilizar mais facilmente o seu combustível de reserva, que são as gorduras, além de conseguir controlar melhor seu apetite e vontade de beliscar alimentos desnecessários.

* Coma a intervalos regulares: O ideal é fazer uma refeição a cada três horas. Se isso não for possível, estabeleça intervalos de no máximo 4 horas entre as refeições. Uma vez fixados esses horários, há uma tolerância de meia hora, contanto que sejam obedecidos os intervalos mínimo e máximo. Fazendo o número previsto de refeições, a intervalos regulares, você evitará a hipoglicemia (queda no nível de açúcar no sangue) e reduzirá a chance de ter uma fome sem controle dos alimentos a serem ingeridos.

* Coma sempre nos mesmos horários: Programe os horários das refeições de modo que possa cumpri-los e faça todo o possível para cumpri-los de fato. Alimentando-se sistematicamente nos mesmos horários, seu organismo se acostumará ao novo ritmo e ficará condicionado a esperar a comida somente nestes horários. Se você acordar mais tarde, perdendo a hora do café da manhã, faça essa refeição na hora do lanche e mantenha as outras refeições conforme o programado.

* Coma devagar e preste atenção ao que come: Observe primeiro o que irá comer. Mastigue bem, e lentamente, para sentir a textura e o sabor de cada alimento, experimentando o prazer de saborear o que come. Ao se alimentar dessa forma, seu cérebro receberá maior número de informações, que contribuirão para acionar o centro da saciedade, levando sua fome a ser satisfeita com menores quantidades de alimento. Separe o ato de comer das outras atividades, como ler, assistir televisão, pois estas atividades interferem recepção destas informações.

* Respeite a quantidade e a qualidade dos alimentos permitidos: Como dito anteriormente, os alimentos devem ser ingeridos em quantidade e qualidade adequadas para suprir todas as necessidades nutricionais sem excesso de calorias. Cada indivíduo precisa de um plano alimentar específico.
-Evite a monotonia: Um erro comum e desastroso é repetir sempre os mesmos alimentos, pois a monotonia na alimentação faz com que o plano alimentar seja abandonado. Varie bastante dentre os alimentos de cada grupo. Invente novos pratos. Capriche na arrumação da mesa. Torne o momento da refeição um prazer.

* Beba bastante líquido: beba bastante água filtrada, mineral (sem gás) e sucos naturais (sem açúcar) para hidratar-se. Evite o consumo de café, refrigerantes e sucos industrializados.

* Não adote dietas radicais: Você não vai agüentar por muito tempo e voltará rapidamente para antigos e maus hábitos alimentares. Além disso, a grande perda de peso em curto período de tempo é prejudicial ao metabolismo do organismo, pois a grande perda de massa magra, com conseqüente redução do gasto energético total, o que leva possivelmente ao aumento de massa gordurosa após a dieta restritiva.

* Evite ter na despensa alimentos calóricos e pobres em nutrientes saudáveis: Assim você se protege do risco de um ataque surpresa na hora de fome.

* Deixe sempre na gaveta do escritório barra de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades), ou se possível, uma fruta ou iogurte natural: deste modo, quando a fome bater, terá algo saudável para comer.

* Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.

* Evite o uso de óleos e temperos industrializados para temperar as saladas: se quiser pode usar um fio de azeite, mas abuse mesmo dos temperos aromáticos como orégano, manjericão, cheiro verde, louro, pois deixarão a salada mais saborosa. Use também vinagre ou suco de limão (melhor que o vinagre, pois é rico em vitamina C).

* As preparações com molhos branco, quatro queijos, bolonhesa, ou ainda, com mussarela e presunto devem ser evitados, pois são muito calóricos. Dê preferência ao molho “ao sugo” e use os temperos aromáticos para deixar os pratos mais saborosos.

* Bebidas energéticas devem ser evitadas. Mesmo os indivíduos que praticam atividade física regular não possuem necessidades energéticas ou de minerais para ingestão destes produtos. A água ainda é o melhor hidratante.

* Utilize adoçante nos sucos e no cafezinho, ao invés de açúcar.

* Dê preferência às carnes magras e sem gordura visível: pois possuem menos gordura e menos calóricas como peixe, frango (partes magras e sem pele), peru, patinho, contra-filé. O modo de prepará-las também é importante: cozidas, grelhadas ou assadas.

* Evite enlatados, temperos industrializados, apresuntados e defumados: eles são ricos em sódio e perigosos para pessoas com predisposição a pressão alta.

* Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados: são muitos mais gordurosos que os queijos brancos (minas, frescal, ricota e cottage).

* Bebidas alcoólicas são calóricas: Consuma esporadicamente e em pequena quantidade (deixe para o fim de semana). Além disso, evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos que acompanham as bebidas alcoólicas, pois são calóricos e com alto teor de gordura saturada.

* Em restaurantes por quilo: Passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso evitará exageros. Escolha opções de hortaliças, legumes cozidos (sem maionese ou molhos), carne magras, massas sem molhos brancos e com mussarela e presunto ou arroz branco (ou sortido com legumes) e para sobremesa, prefira as frutas.

* Em épocas de calor, evite sorvetes de massa: Opte pelo picolé de fruta.

* Compras no supermercado: não vá com fome: Isso evitará pegar balas, chocolates e salgadinhos. Não compre alimentos que devem ser evitados. Sempre olhe a informação nutricional presente dos rótulos dos alimentos: calorias, quantidades de carboidratos, gorduras, fibras, sódio.

* Cuidado com os produtos light e diet: apesar de apresentarem redução de algum nutriente, nem sempre, esta restrição é em calorias ou gorduras.

* Movimente-se: Você não precisa ir à academia! Caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40 minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!

* Substituições mais saudáveis: Experimente o requeijão light, cream cheese light (mesmo estes devem ser usados com moderação), queijo tipo cottage, pois além do valor calórico reduzido, oferecem mais nutrientes como cálcio e proteínas.

*Consultoria: Dr. Josefina Bressan, coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Sociedade Brasileira de Diabetes (2004/2005).

Perdendo o controle

É preciso manter a disciplina

Ao não manter o diabetes sob controle, várias complicações ligadas à doença podem aparecer, como nefropatia, retinopatia e coronariopatia. Mas o que seria perder o controle do diabetes? É a incapacidade de manter a taxa de glicemia dentro dos níveis fisiológicos: no jejum entre 80 e 110 mg/dl e níveis pós-alimentares inferiores a 140 mg/dl.

A hiperglicemia favorece esse dano degenerativo dos tecidos, uma vez que a glicose é captada pelas proteínas para fornecer a energia contida dentro delas. Quando está muito elevada, ela altera as funções da proteína, facilitando as complicações degenerativas.

Porém, não é preciso se desesperar caso a sua glicemia fique alta em um dia na semana. Ainda não é sabido o tempo necessário para que uma hiperglicemia cause danos ao corpo. Esse tempo pode ser de semanas, mas geralmente só aparecem após meses ou anos.
Complicações

O diabetes mal controlado, com a glicemia permanentemente elevada, pode danificar os vasos arteriais e os nervos. Como os vasos e os nervos existem em todas as partes do corpo, qualquer órgão pode ser danificado. Assim, nos olhos seria a retinopatia diabética, a segunda causa de cegueira do mundo; nos rins, a nifropatia diabética, causa freqüente de hipertensão arterial e de insuficiência renal entre as pessoas que não controlam o diabetes; e o comprometimento dos nervos periféricos, levando a uma neuropatia diabética, causa de dores, paralisias e complicações como dificuldades de urinar, alterações no ato de evacuar, da digestão etc.

O coração e o cérebro também podem sofrer as conseqüências do mau controle do diabetes. Isso porque os grandes vasos também sofrem, pois a glicemia alta aumenta o colesterol e os triglicerídeos do sangue, favorecendo a arteriosclerose precoce com comprometimento da circulação do cérebro, o que pode causar acidentes vasculares celebrais, do coração (infarto do miocárdio) e dos membros (gangrenas diabéticas).

Há quem não cuide do diabetes e não sinta nada. Mas é importante lembrar que a maioria dos danos causados pelo diabetes mal controlado são silenciosos, ou seja, eles ocorrem lentamente por um longo período de tempo antes que se façam notar.
Virando o Jogo

Mas se as conseqüências são tão sérias, o que causa a perda do controle da doença? Alguns fatores são: falta de disciplina alimentar, vida sedentária, não seguimento da medicação prescrita e problemas emocionais, afetivos e de humor.

A boa notícia é que se pode, e se deve, manter a doença sob controle. Para isso é preciso um processo educacional e assistência médica adequada. O melhor é que, dependendo do caso, as lesões nos vasos são inicialmente reversíveis, pois as paredes dos vasos aumentam e diminuem de volume conforme as flutuações da glicemia. No entanto, na dependência do tempo e do terreno genético de seu organismo, elas passam a uma fase menos reversível.

Quem prefere manter a glicemia elevada para não sentir o mal estar de uma hipoglicemia, cuidado. A hiperglicemia também traz mal estar, além de fazer com que surjam as complicações do diabetes.

Consultoria: Dr. Antônio Carlos Lerário, menbro da diretoria da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Outras Fontes

Livro Diabetes dia-a-dia, Editora: Revinter, autor: Rogério F. Oliveira.

Sob controle

Para que a pessoa com diabetes possa ter uma vida normal e reduzir ao máximo o risco de desenvolver uma complicação, é necessário ter a doença sob controle, que significa manter as glicemias dentro dos níveis fisiológicos (no jejum entre 80 e 110 mg/dl e níveis pós alimentares inferiores a 140 mg/dl).

Mas para manter o diabetes, seja I, II ou gestacional, controlado preciso fazer dieta, atividade fsica e o uso teraputico adequado da insulina, quando for indicada para o tratamento.

Tambm importante fazer alguns exames, como controle peridico da glicemia, hemoglobina glicosilada e glicosrias, alm de outros exames laboratoriais para avaliar a dislipiudmia, funo renal e controle da presso arterial.

A prtica da atividade fsica fundamental no controle do diabetes. Isso porque ajuda a manter a glicemia dentro dos nveis desejados, na manuteno do peso corporal e no controle da dislipidemia, entre outros benefcios.

Possuir uma equipe de especialistas tambm muito importante, pois a orientao teraputica fundamental para o manuseio do diabetes. Vale lembrar que ter hipoglicemias de vez em quando normal para quem mantm o diabetes sob controle.Mas possvel reduzir o risco de hipoglicemia com alimentao e medicamentos adequados.

Consultoria Dr. Antnio Carlos Lerrio, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Consultas e Exames

Introdução

Para as pessoas com diabetes é fundamental a realização de diversos exames. Alguns, dependendo do caso, devem ser feitos diariamente. Outros podem ser solicitados mensalmente.

São imprescindíveis para verificar se o tratamento está sendo conduzido de forma correta ou não. E, também, para verificar se os medicamentos estão surtindo efeitos satisfatórios. Uma maior ou menor freqüência ao consultório depende do estado de cada indivíduo.

Os exames regulares podem também detectar, precocemente, alguma complicação, que poderia ser tratada a tempo.

Tire suas dúvidas e saiba mais sobre os exames que geralmente são feitos para diagnosticar o diabetes.

Mudando o estilo de vida

Por uma vida saudável

Ter uma vida saudável é um desafio para todos nós. O desenvolvimento dos recursos tecnológicos geralmente implica em tornar o indivíduo cada vez mais sedentário, assim como a necessidade da praticidade na preparação das refeições acarreta hábitos alimentares também pouco saudáveis.

Este conjunto de fatores, que deveria tornar nossas vidas mais produtivas, acaba por comprometer a produtividade em função da maior incidência de doenças, queda na resistência física, obesidade, stress, ansiedade, etc.

Quebrar este círculo vicioso passa a ser um verdadeiro desafio
Alimentação

O segredo da boa alimentação consiste em adequar as preferências individuais com a quantidade e qualidade do alimentos que farão parte da nossa dieta habitual. Existem algumas recomendações que podem ajudar a tornar sua alimentação mais saudável:

* Procure incorporar na sua dieta habitual a maior quantidade possível de alimentos ricos em fibras, tais como frutas e verduras. Por exemplo, evitar “descascar” algumas frutas, como figo, pêssego e maçã pode aumentar bastante o conteúdo de fibras, que terão um papel fundamental na saúde do seu sistema digestivo.
* Procure diminuir a quantidade de gorduras (óleo, manteiga, creme etc) e de carboidratos (massa e doces), dando preferência a alimentos grelhados e cozidos. Infelizmente a dieta habitual da nossa população é sempre mais rica em gorduras e carboidratos e pobre em proteínas do que o desejado. Evite comer “fast food”, dê preferência aos alimentos de preparação mais “caseira”.
* Diminua a quantidade total de alimentos de cada refeição. Faça mais refeições ingerindo menos calorias de cada vez. Este procedimento permitirá uma digestão mais fácil e menor apetite nas refeições maiores.
* Utilize leite e derivados (iogurte, queijos) desnatados ou light e prefira as carnes magras. Assim, você estará prevenindo o aumento do colesterol, além de controlar o peso. As leguminosas devem fazer parte do cardápio, pois contêm proteínas, ferro e fibras.
* No supermercado é preciso cuidado ao escolher o que será comprado. Levando alimentos saudáveis para casa, já estará dando um grande passo para não fugir da dieta. Dê preferência aos temperos naturais, pois os industrializados contêm grande quantidade de sal. Os óleos mais saudáveis são os vegetais (canola, girassol, milho ou soja), porém evite frituras.
* E não se esqueça: se for comer uma sobremesa diet ou light, fique apenas com uma porção. Comer o dobro pode significar o mesmo que um doce supercalórico.

Importância da atividade física

A prática regular de atividade física é fundamental na adoção de hábitos de vida mais saudáveis. Além dos benefícios já conhecidos, tais como prevenção de doenças cardíacas, prevenção de osteoporose, redução do colesterol, redução da hipertensão, combate à obesidade e tantos outros, o exercício físico tem um efeito ainda mais importante: o indivíduo capaz de incorporar a atividade física aos seus hábitos de maneira definitiva, encontra uma nova fórmula de vida.

Manter-se ativo promove uma mudança radical no corpo. O organismo solicita hábitos saudáveis. Os alimentos gordurosos começam a se tornar indesejados, as refeições exageradamente calóricas são rejeitadas, a auto-estima aumenta com a melhora na estética corporal, a resistência física é aumentada e a produtividade e capacidade de trabalho são favorecidas.

Para a pessoa com diabetes, a atividade física, além dos benefícios já citados, auxilia no tratamento da doença.

Se todos estes fatores não forem suficientes para convencer alguém a praticar exercícios, existem mais duas informações importantes: melhora o desempenho sexual e aumenta a expectativa de vida!

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